O conceito de guardiões da cultura é um dos mais importantes quando tratamos de processo seletivo baseado na cultura e no propósito da empresa, principalmente quando estes novos selecionados embarcam nela, chamamos este processo de onboarding. Infelizmente é muito comum ainda as organizações realizarem um processo seletivo impecável, com vários filtros em busca de uma seleção assertiva, porém quando o novo colaborador inicia seu trabalho, a empresa se mostra uma empresa como qualquer outra.
É extremamente frustrante passar por um processo seletivo estimulante, que faz o candidato acreditar que terá um trabalho do mesmo nível do seu processo, e logo no primeiro dia se depara com colaboradores mau humorados, equipe desengajada e processos rígidos, percebe que a realidade é bem diferente do que “venderam” para ele. É muito comum esta pessoa acabar se desligando pouco tempo depois, o que aumenta o turnover.
Uma empresa que se dedica apenas em criar um processo seletivo inovador com o objetivo de ser mais assertivo, sem olhar para dentro do seu negócio, pode estar cometendo um grande erro. O processo de seleção é apenas a ponta do iceberg, é necessário ir além.
Vamos falar um pouco de onboarding, a chegada de novos membros. Como eles serão recebidos? O que farão nos primeiros dias de trabalho? Quais treinamentos, experiências e informações eles deverão receber para se conectarem ainda mais com a empresa?
Não basta a empresa ter orgulho de sua cultura e do seu propósito, se na prática ela não faz o que prega. Um processo seletivo incrível sem um onboarding bem construído pode ser um tiro no pé.
O onboarding é um processo que reforça e retroalimenta a cultura da empresa, tanto para os novos quanto para os antigos colaboradores. Toda vez que um colaborador fala da cultura da empresa para outras pessoas, sejam elas visitantes, fornecedores ou clientes, ela é lembrada e reforçada.
Mas então, como posso começar o meu onboarding?
Algumas dicas do SolucioneRH
Apresente para os novos integrantes a história da empresa, quais foram suas maiores dificuldades, seus momentos de glória, qual o seu propósito de existir. É fundamental falar sobre os pilares que fazem parte da sua cultura e porque eles são tão importantes. Fale também do mercado no qual a empresa está inserida, explique o processo de produção ou criação de cada um dos produtos.
Enfim, tudo faz parte da história e da cultura da empresa, quanto mais informações a empresa oferecer, mais conectadas as pessoas se sentiram a ela. Quando você torna essa prática uma rotina, mais pessoas estarão praticando e passando adiante a cultura do negócio.
É a partir daí que surgem os seus guardiões da cultura, são as pessoas que entendem e praticam a cultura da empresa. Se a empresa conseguir construir um processo de onboarding imersivo, inspirador e com bastante conteúdo relevante, cada novo colaborador que entrar pode se tornar, em pouco tempo, mais um guardião que terá prazer em falar dela para todas as pessoas que se interessarem ou se identificarem com todo esse processo.
É importante ressaltar que para isso tudo acontecer, a gestão da empresa precisa de fato vestir a camisa e colocar em prática tudo o que está pregando. Maturidade de reconhecer os próprios erros e contar com a habilidade de se adaptar rápido às mudanças. Quando os colaboradores percebem em um dos gestores ou líder, características que fogem da cultura da empresa, isso pode ser o suficiente para começar a contaminar o grupo. Por vezes, é necessário fazer alguns desligamentos, isso mostra que a cultura é levada a sério.
Esses são apenas alguns exemplos e sugestões de como desenvolver os Guardiões da Cultura. Pessoas fundamentais, que vão repassar o que sabem sobre a cultura e o propósito da empresa para novos colaboradores, parceiros, fornecedores, clientes e visitantes.
Time de Gente,
SolucioneRH.
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