Você sabe o que são os guardiões da cultura? Eles são as pessoas que entendem e praticam a cultura da empresa, e que ajudam a disseminá-la entre os demais colaboradores. Eles são essenciais para as empresas que querem se diferenciar no mercado e criar uma identidade forte e consistente. Neste artigo, você vai conhecer o conceito de guardiões da cultura e qual é o seu papel nas empresas.
Mas como identificar, desenvolver e valorizar os guardiões da cultura nas organizações? E qual é o papel do RH nesse processo? Neste post, vamos responder essas perguntas e mostrar como os guardiões da cultura podem contribuir para a sustentabilidade e o crescimento das empresas.
Os benefícios dos guardiões da cultura para as empresas
Ter guardiões da cultura nas empresas traz diversos benefícios, tanto para os colaboradores quanto para os clientes e para o negócio. Veja alguns deles:
Aumenta a retenção e a satisfação dos colaboradores: os guardiões da cultura são os primeiros a se identificar com o propósito e os valores da empresa, e a transmitir essa paixão para os demais. Eles se sentem mais motivados, engajados e felizes com o seu trabalho, e isso reflete na sua produtividade e na sua lealdade à organização.
Fortalece a identidade e o propósito da organização: os guardiões da cultura são os responsáveis por manter viva a essência da empresa, mesmo diante das mudanças e dos desafios do mercado. Eles são os embaixadores da marca, que representam a empresa perante os clientes, os fornecedores, os parceiros e a sociedade.
Melhora o clima e a comunicação interna: os guardiões da cultura são os que promovem um ambiente de trabalho positivo, harmonioso e colaborativo. Eles estimulam o respeito, a confiança, a diversidade e a inclusão entre as equipes, e facilitam o fluxo de informações e de feedbacks na organização.
Estimula a inovação e a criatividade: os guardiões da cultura são os que incentivam a experimentação, o aprendizado contínuo e a busca por soluções originais e eficientes. Eles são os que desafiam o status quo, que propõem novas ideias e que apoiam as iniciativas inovadoras na empresa.
Esses benefícios não são apenas intuições ou opiniões. Eles são comprovados por dados e estatísticas. Por exemplo, segundo uma pesquisa da Gallup, as empresas que têm uma cultura forte têm 40% menos rotatividade de funcionários, 21% mais lucratividade e 10% mais satisfação dos clientes do que as que não têm.
Outro estudo, realizado pela Deloitte, revelou que as empresas que investem em cultura têm 17% mais receita por funcionário, 29% mais satisfação dos funcionários e 40% menos probabilidade de sofrer crises de reputação do que as que não investem. Portanto, fica claro que ter guardiões da cultura nas empresas é uma vantagem competitiva no mercado atual.
Como desenvolver e valorizar os guardiões da cultura nas empresas
Agora que você já sabe os benefícios dos guardiões da cultura, você deve estar se perguntando: como desenvolver e valorizar essas pessoas nas empresas? A resposta é: desde o processo seletivo até o onboarding e o desenvolvimento contínuo. Veja algumas dicas práticas:
No processo seletivo: procure por candidatos que tenham afinidade com a cultura da empresa, que demonstrem interesse pelo propósito e pelos valores da organização, e que tenham competências comportamentais alinhadas com as práticas culturais. Use ferramentas como testes de personalidade, entrevistas por competência e dinâmicas de grupo para avaliar o fit cultural dos candidatos.
No onboarding: faça uma integração efetiva dos novos colaboradores, apresentando a eles a história, o propósito, a cultura, com seus valores e atitudes mais importantes e os objetivos da empresa. Mostre como a cultura é vivenciada no dia a dia, quais são as regras, os rituais, os símbolos e as histórias que fazem parte dela. Apresente os guardiões da cultura que já estão na empresa e incentive-os a serem mentores dos novatos.
No desenvolvimento contínuo: ofereça oportunidades de aprendizagem, reconhecimento e feedback para os guardiões da cultura, para que eles possam se aprimorar e se atualizar constantemente. Crie uma cultura de aprendizagem, que valorize o erro como fonte de conhecimento, e que estimule a troca de experiências e de boas práticas entre as equipes. Reconheça os guardiões da cultura por suas contribuições, por meio de elogios, premiações, bonificações ou promoções. Dê feedbacks construtivos e frequentes, que ajudem os guardiões da cultura a se desenvolverem e a corrigirem eventuais desvios.
Seguindo essas dicas, você vai conseguir desenvolver e valorizar os guardiões da cultura nas empresas, e assim garantir que eles continuem desempenhando o seu papel com excelência.
Como o RH pode assumir o papel de guardião da cultura e orientar as lideranças Além de desenvolver e valorizar os guardiões da cultura que já estão nas empresas, o RH também pode assumir esse papel e orientar as lideranças para uma gestão de talentos em parceria. Mas como fazer isso? Veja algumas competências e responsabilidades do RH como guardião da cultura:
Conhecer profundamente a cultura e o propósito da empresa: o RH deve ser o primeiro a entender e a vivenciar a cultura da organização, para poder transmiti-la aos demais. O RH deve conhecer a história, os valores, os objetivos e as expectativas da empresa, e alinhar as suas ações e decisões com eles.
Disseminar os valores e as práticas culturais entre os colaboradores: o RH deve ser o responsável por comunicar e educar os colaboradores sobre a cultura da empresa, por meio de campanhas, treinamentos, eventos, materiais, entre outros. O RH deve também dar o exemplo, agindo de acordo com a cultura em todas as situações.
Monitorar os indicadores de clima e engajamento: o RH deve acompanhar constantemente o nível de satisfação, motivação e comprometimento dos colaboradores com a empresa, por meio de pesquisas, avaliações, feedbacks, entre outros. O RH deve também identificar e resolver eventuais problemas ou conflitos que possam afetar o clima e a cultura organizacional.
Apoiar as lideranças na tomada de decisão baseada na cultura: o RH deve orientar e assessorar as lideranças na gestão de talentos, considerando a cultura como um critério fundamental. O RH deve ajudar as lideranças a definir perfis, competências, metas, planos de carreira, remuneração, reconhecimento, entre outros aspectos relacionados aos colaboradores, sempre em consonância com a cultura da empresa.
Assim, o RH pode se tornar um guardião da cultura e um parceiro estratégico das lideranças, contribuindo para uma gestão de talentos alinhada com a cultura organizacional.
Exemplos de empresas que têm guardiões da cultura bem definidos
Para ilustrar melhor o conceito de guardiões da cultura, vamos apresentar alguns exemplos de empresas que têm guardiões da cultura bem definidos e que se destacam por sua cultura organizacional. Veja alguns casos:
Netflix: a Netflix é uma empresa que tem uma cultura baseada na liberdade e na responsabilidade. A empresa confia nos seus colaboradores para tomar decisões e agir de forma autônoma, desde que estejam alinhados com os objetivos da organização. A empresa também valoriza a diversidade, a inovação e a excelência. Os guardiões da cultura na Netflix são os que seguem e defendem os princípios culturais da empresa, que estão descritos em um documento chamado “Culture Memo”, que é amplamente divulgado interna e externamente.
Nubank: o Nubank é uma empresa que tem uma cultura focada no cliente e na simplicidade. A empresa busca oferecer soluções financeiras acessíveis, transparentes e descomplicadas para os seus usuários. A empresa também incentiva a criatividade, o aprendizado e a colaboração entre as equipes. Os guardiões da cultura no Nubank são os que vivem e respiram os valores da empresa, que são chamados de “NuValues”, e que são aplicados em todas as áreas e processos da organização.
Google: o Google é uma empresa que tem uma cultura voltada para a inovação e a tecnologia. A empresa busca criar produtos e serviços que melhorem a vida das pessoas e do mundo. A empresa também estimula a curiosidade, a experimentação e a diversão entre os seus colaboradores. Os guardiões da cultura no Google são os que compartilham do propósito e da cultura da empresa, que são expressas em seu slogan “Don’t be evil”, e que são inspirados pelos seus fundadores Larry Page e Sergey Brin.
Esses são apenas alguns exemplos de empresas que têm guardiões da cultura bem definidos e que se diferenciam por sua cultura organizacional. Existem muitos outros casos que podem servir de referência ou de inspiração para você.
Conclusão
Neste post, você aprendeu o que são os guardiões da cultura, quem são eles nas empresas, quais são os benefícios que eles trazem, como desenvolvê-los e valorizá-los, e como o RH pode assumir esse papel e orientar as lideranças. Você também viu alguns exemplos de empresas que têm guardiões da cultura bem definidos e que se destacam por sua cultura organizacional.
Esperamos que este post tenha sido útil e interessante para você. Agora, queremos saber a sua opinião: você se considera um guardião da cultura na sua empresa? Como você pratica e dissemina a cultura da sua organização? Compartilhe as suas experiências nos comentários.
E se você quiser saber mais sobre cultura organizacional e gestão de talentos, confira os nossos outros conteúdos. Lá você vai encontrar artigos, vídeos, ebooks, webinars e muito mais sobre esses e outros temas relacionados ao RH.
Até breve!
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