A liderança positiva é o modelo e a forma de liderança mais adequada a esses tempos atuais. A liderança positiva surgiu como resposta às demandas das empresas modernas. É composta por um conjunto de práticas e de estratégias que ajudam os líderes a fazer com que as equipes alcancem resultados espetaculares e desempenho muito além do esperado. Neste artigo você vai entender melhor qual é o papel da liderança positiva nas empresas e seu impacto.
A liderança positiva mostra que, para obter resultados excepcionais, os líderes devem aprender a criar um ambiente extremamente positivo no trabalho. Eles devem aproveitar os pontos fortes de cada um, em vez de simplesmente concentrar-se sobre os pontos fracos. Líderes devem aprender a motivar e promover emoções positivas, como compreensão, compaixão, otimismo, gratidão e perdão.
Devem desenvolver e incentivar as relações de apoio mútuo em todos os níveis, além de fornecer aos funcionários um senso profundo de significado e propósito no trabalho.
Estratégias da liderança positiva
O modelo prescreve quatro estratégias específicas para implantação de liderança positiva, estabelecendo um processo para sua execução.
Cultivar um clima positivo.
Desenvolver relacionamentos positivos.
Ter uma comunicação positiva.
Criar significados positivos.
Cultivar um clima positivo
O termo cultivar um clima positivo significa criar as condições nas quais as emoções positivas superam as negativas. Pesquisas comprovam que a existência de clima positivo no ambiente de trabalho, onde prevalecem emoções positivas, conduz à otimização da atuação dos indivíduos ou dos grupos e ao alcance de resultados acima do normal.
A criação de um clima positivo é fortemente influenciada pela atuação do líder ágil e positivo. São eles que afetam o clima organizacional pela forma como induzem, desenvolvem e demonstram emoções positivas. Fomentar emoções positivas, como alegria, confiança, amor, apreciação, e reduzir as negativas – medo, raiva, ansiedade – provocam um aumento significativo da capacidade cognitiva, da retenção de informações, da criatividade e produtividade das pessoas.
Por outro lado, críticas, ocorrências negativas, eventos ruins, desaprovações, maus feedbacks, etc. induzem as pessoas a ter medo dos erros e, portanto, a reduzir sua criatividade e a capacidade de solução de problemas.
Avaliações negativas, desaprovações e maus eventos têm uma influência muito maior e deixam memórias mais duradouras do que bons eventos e elogios. Uma crítica no meio de elogios, uma só desaprovação durante um feedback e um mau relacionamento num ambiente agradável provocam um efeito negativo desproporcional no clima organizacional.
As pessoas têm a tendência natural de prestar mais atenção ao negativo – ao que é ameaçador – do que ao positivo. É instintivo: ignorar uma ameaça pode ser fatal e letal. Desde cedo, elas aprendem a estar atentas ao negativo. Consequentemente, as pessoas e os líderes, que nas organizações estão constantemente confrontados por problemas, ameaças e obstáculos, mostram propensão de concentrar o foco e dar mais atenção aos aspectos negativos.
Líderes positivos têm a tendência de valorizar e enfatizar o lado positivo do processo organizacional, mesmo diante das dificuldades e colocam a ênfase em uma comunicação positiva, no otimismo, nas forças e nas possibilidades de soluções. Não é ignorar os erros nem os eventos negativos, mas, a partir deles, construir soluções positivas. É muito mais do que ser “legal”, amigo, digno de confiança. É conhecer e saber usar as forças e os aspectos positivos das pessoas e da empresa.
Os líderes positivos desenvolvem atividades para expandir a compaixão, o perdão e a gratidão.
Para desenvolver a compaixão, a empatia e a compreensão das necessidades dos outros, as prioridades são criar e desenvolver o conceito de comunidade, do coletivo das informações, emoções e respostas, em um processo de entendimento e apreensão dos problemas pessoais e profissionais de cada indivíduo do grupo.
Para desenvolver a capacidade do perdão de cada um e de todos no grupo (não dá tolerância), é preciso desenvolver a compreensão, aceitação, os cuidados com a linguagem, comunicação, e evitar retaliação ou vingança. Perdão não significa desculpar o erro que foi cometido. Significa tentar entender que a pessoa quis acertar, mas não conseguiu. Criar um sentimento de gratidão tem um efeito profundo no desempenho das pessoas e do grupo.
Procurar pessoalmente os colaboradores para agradecer, expressar isso por escrito, fazer listas diárias ou semanais das coisas boas, ou eventos positivos que aconteceram, e induzir as pessoas a fazerem o mesmo estabelecem um extraordinário efeito positivo nos aspectos fisiológicos, psicológicos e cognitivos, no desempenho organizacional e pessoal do grupo.
Expandir relacionamentos positivos
Desenvolver relacionamentos positivos promove resultados significativos do ponto de vista fisiológico, psicológico, emocional e organizacional.
O relacionamento positivo, com as conexões positivas e as interações interpessoais, têm um efeito altamente benéfico nos vários aspectos do comportamento humano.
Pessoas em grupo, quando dão e recebem amor, suporte, encorajamento e têm as suas necessidades psicológicas e emocionais atendidas reciprocamente, sentem-se mais seguras, aumentando suas performances e produtividade.
Duas atividades são fundamentais para desenvolver relacionamentos positivos: construir redes de energia positiva e reforçar pontos fortes.
Construir redes de energia positiva
Para criar redes de energia positiva, os líderes têm de ser não só energizadores positivos, ou seja, otimistas, confiáveis, desprendidos, atuando como centros de influência e fonte de informação, mas também devem saber identificar e construir redes com outros energizadores positivos.
Os líderes positivos precisam saber identificar e evitar energizadores negativos – indivíduos críticos, pessimistas, egoístas, inflexíveis – que esgotam a energia, os bons sentimentos e entusiasmo dos outros. Energizadores negativos deixam os parceiros exaustos e se sentindo diminuídos.
Finalmente, o líder positivo tem de evitar a existência de energizadores negativos. Para isso, deve efetuar quatro passos sequenciais.
O primeiro é dar um feedback direto e honesto para o indivíduo negativo, mostrando os efeitos negativos de seu comportamento para o grupo e para a organização, o que normalmente traz uma reação positiva. Caso seja ineficaz, o segundo passo é oferecer um programa de coaching e desenvolvimento pessoal.
Se também não resolver, a alternativa é transferir o colaborador para uma posição não central (difusora de informações), colocando-o, por exemplo, em cargos técnicos onde a oportunidade de contaminar o grupo é menor. Se mesmo assim ele continuar sendo um energizador negativo, o quarto passo é dar-lhe uma chance de “fazer carreira em outra empresa”.
Reforçar pontos fortes para uma liderança positiva
A segunda forma de promover os relacionamentos positivos reside no reforço de pontos fortes individuais e organizacionais. Em uma organização ou equipe onde os empregados têm a chance de fazer o seu melhor e demonstrar suas forças, a produtividade é muito maior do que nas empresas tradicionais.
Uma das razões que explicam esse efeito é que as pessoas aprendem melhor e mais profundamente por meio de demonstrações positivas do que com críticas apontando erros, riscos e o que não deve ser feito, pois isso só reforça o temor do insucesso. A atuação dos líderes na valorização das forças e na celebração dos acertos resulta num aumento muito grande na produtividade e no desempenho dos indivíduos e do grupo.
A liderança positiva é extramamente agregadora para um melhor clima organizacional, engajamento do time, comunicação mais clara e aberta, ambiente mais inclusivo, entre outros fatores de suma importância para o sucesso e perpetuidade da empresa.
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Referência
GUIMARÃES, G. Liderança Positiva. São Paulo: Évora, 2012.
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