Meu propósito é transformar o mundo em um lugar muito melhor para as pessoas viverem. Posso fazer isso através da tecnologia, dos negócios, da instrumentalidade do amor ao próximo e ainda, influenciando outros a fazerem o mesmo, cada um com sua caixinha de ferramentas.
Nossa vida e nosso entorno são os melhores laboratórios para as grandes mudanças que desejamos ver e fazer.
Descobrir o meu propósito e viver por ele me proporcionou um estado permanente de felicidade. Ouvi do querido professor Francisco Barreto Araújo, que propósito gamifica a vida porque a transforma em um jogo, que nos dá muito prazer de jogar. Ao realizarmos nossas metas e colaborarmos com os outros, nosso cérebro libera dopamina, uma substância que nos motiva.
Quando temos um propósito, temos um porquê, uma motivação, um motivo para ação, o que é um aspecto chave para fazer a nossa vida decolar em todas as áreas.
Hoje estou aqui compartilhar uma nova reflexão. Viver por um propósito pode fazer uma grande diferença nas nossas vidas individualmente. Será que isso também poderia transformar o mundo empresarial? Muitas organizações já entenderam que sim e acrescentaram o impacto como uma das principais métricas de sucesso, tão importante quanto os resultados financeiros. Estas têm feito a diferença para a sociedade no contexto em que operam. São admiradas pelos seus clientes e amadas por cada colaborador, que encontra em seu trabalho a realização parcial ou plena de sua missão no mundo.
O que um grupo unido e apaixonado pode produzir? Qual seria seu potencial de transformação? Se sua empresa já trabalha nesses moldes, venha nos contar aqui. Se não, se te parece muito distante, será que tem algo que você possa fazer?
Dizia o filósofo e matemático Platão: “Tente mover o mundo, o primeiro passo será mover a si mesmo”. Nossa vida e nosso entorno são os melhores laboratórios para as grandes mudanças que desejamos ver e fazer.
Ora, estamos vivendo um novo tempo. Como profissional de tecnologia, estou fascinada com toda transformação digital que estamos experimentando, e é óbvio que decidi fazer parte da construção deste futuro. Mas não posso deixar de pensar sobre o que será da humanidade, que apesar de todo o avanço tecnológico parece retroceder quando avaliamos os índices de desigualdade, injustiça, violência, desemprego, suicídios, dentre tantos outros males que nos assolam.
O fato é que, não há como toda essa transformação ser benéfica se não for para melhorar a vida das pessoas. O caminho da lucratividade como única métrica de sucesso para as organizações não trará uma mudança real para as sociedades. A percepção de êxito baseada no patrimônio líquido acumulado ao longo da nossa vida está comprometida. Todos querem viver com conforto e ter liberdade financeira, mas definitivamente esse não é o resumo de felicidade.
Como profissionais, será que podemos criar produtos e serviços melhores em nossas empresas? Será que nós que desenvolvemos software poderíamos fazer isso colocando o usuário no centro? Será que somos capazes de conceber negócios pensando no impacto causado em todo o ecossistema? Será que poderíamos olhar além do nosso mundo e perceber a necessidade das pessoas ao redor? Talvez, se nós individualmente alinharmos a direção dos nossos próprios motivos, podemos provocar uma reação em cadeia.
Novo jogo. Novas regras. Novo propósito.
Einstein disse que nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo estado de consciência que o criou. Está aí o grande desafio das organizações e instituições que precisam criar as tendências neste novo mundo: a evolução da consciência. Será possível jogar um novo jogo com as regras antigas? Estou muito certa de que não.
- Não há mais como as empresas trabalharem remuneração variável de acordo com resultados individuais. Não se produz inovação e transformação exponencial fora de um grupo multidisciplinar.
- A corrida insana por crescimento vertical não é sustentável para as empresas. Nem todos poderiam chegar ao topo e a verdadeira realização está naquilo que produzimos, na maneira como servimos. Com as motivações e incentivos corretos podemos ter um grupo muito mais coeso e feliz, independentemente de títulos.
- Como pode as pessoas colaborarem se suas lideranças vivem em guerra, falando mal umas das outras? Os líderes precisam ser exemplo pois suas atitudes falam muito mais alto que suas palavras. Se você é um líder seja um exemplo em colaboração. Se você é liderado, ajude seu líder a enxergar os fatos sob outras óticas. Não fale mal dos outros, não se coloque em uma posição de superioridade sobre alguém.
- Precisamos fugir dos estereótipos, dos rótulos, das categorizações. Todas as pessoas podem ser agentes de mudança, podem ser capacitadas para realizar determinado trabalho dentro de suas áreas de formação, podem ter suas mentes exercitadas para funcionarem em um novo modelo. Aliás, se formos capazes de conhecer as individualidades e ajudar cada colaborador a usar seus dons a serviço das organizações, teremos um potencial de transformação jamais visto antes.
- O orgulho e a soberba não favorecem o nosso crescimento e aprendizado. Se nos colocarmos em constante estado de vulnerabilidade, nos expondo aos outros, assumindo nossos erros e fraquezas, podemos ter os ouvidos abertos para outras perspectivas e opiniões, podemos ter nossa visão ampliada sobre a real causa dos problemas.
Observe as crianças. Veja a capacidade que elas têm de se divertir, interagir umas com as outras e viver a vida com pureza e alegria. Ao longo da vida somos moldados, formatados, padronizados para disputar, levar vantagem, produzir conflitos, como se esta fosse a única forma de sobrevivência. Seria possível resgatarmos a pureza dos nossos primeiros anos para sermos o nosso melhor para o mundo?
Abundância x Escassez
Isso aqui não é uma selva. Não precisamos matar o outro para comer e sobreviver. Se vivermos na lógica da escassez nossos únicos instintos serão de estoque e auto preservação.
Pense que a vida é abundante. Compartilhe porque nunca vai te faltar. Todo mundo pode chegar lá. Quanto mais você ajudar as pessoas a crescerem, mais você crescerá. Quanto melhores forem seus pensamentos, mais cheio de gratidão e alegria será o seu coração. No seu trabalho, no seu negócio, na sua casa, lance mão de fazer o seu melhor. O universo vai te responder com prosperidade e provisão.
Eu nem tenho palavras para agradecer por tudo de bom que tenho vivido. Tantas pessoas maravilhosas cruzam o meu caminho, tantos desafios e oportunidades recebo todos os dias, tenho uma família linda que não se coloca como fim, mas como meio para que eu seja aquilo para o que fui desenhada para ser.
Há uma semana atrás participei da Escola do Propósito, onde recebi muitos upgrades em minhas convicções e me conectei a pessoas que fazem a diferença nesse Brasil. Lá ouvi que os dois dias mais importantes da nossa vida são: quando nascemos e quando descobrimos o motivo pelo qual nascemos.
“Se pegar toda matéria do universo e subtrair toda energia do universo o resultado é zero. O que sobra? A experiência do processo. A gente nasce, numa conversão de energia em matéria, e morre liberando a energia dessa matéria. O que fica? Só a experiência. A gente recebe a vida e entrega a experiência. Essa é a nossa relação com o universo. E a gente vem programado para entregar para o universo uma experiência única, que só a gente por ser único vai ter, cada um de nós.” Oswaldo Oliveira
Se você tem dúvida quanto ao seu propósito, pergunte-se sobre o que move o seu coração. Vá em busca disso, conecte-se com a sua missão, gamifique sua vida e tenha muitas razões para vivê-la. Comentários ou mensagens inbox serão bem-vindos e respondidos. Um grande abraço!
Marina Franco é analista de sistemas, com MBA em gestão empresarial pela FGV e atua como Head de Tecnologia em uma seguradora brasileira. Certificada pelo PMI e Scrum Alliance, dá aulas e palestras sobre gestão de projetos, comportamento, cultura organizacional, inovação e futurismo.
Marina Franco, Head de Transformação Digital na SulAmérica.
Comments